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Últimos Dias




Me responda se puder
Coisas que nunca pensou
Hoje eu quero te dizer
Um pouco mais

Se soubesse que o amanhã
Nunca mais fosse existir
Descobrisse que o sol não vai nascer

Quando finalmente perceber
Entre o céu e o inferno
Nada vai restar

Aonde você vai passar
Os seus últimos dias?
Com quem você escolheu ficar
Quando o céu desabar
Nos seus últimos dias?

Nada vai adiantar
Se esconder ou se abrigar
E por um segundo todos vão ser iguais

Se o céu for desabar
Ou então o chão se abrir
E o agora é tarde pra se arrepender

Quando finalmente perceber
Entre o céu e o inferno
Nada vai restar

Aonde você vai passar
Os seus últimos dias?
Com quem você escolheu ficar
Quando o céu desabar
Nos seus últimos dias?

Tão perto do fim
Quando o chão se abrir
Descobrir que o sol não vai nascer

Aonde você vai passar
Os seus últimos dias?
Com quem você escolheu ficar
Quando o céu desabar?

Aonde você vai passar
Os seus últimos dias?
Com quem você escolheu ficar
Quando o céu desabar
Nos seus últimos dias?

                                                                                               Kiara Rocks

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Domingo, 8 De Maio De 2011

Um dia especial... Calmo... Silencioso... Apenas vendo o tempo passar tranquilamente... Nada de estresse, sem crianças gritando.... Apenas um silencio profundo e tranquilizante. Fazia tempo que não me sentia assim... Calmo... Apenas quieto no aconchego de  meu quarto, Deitado olhando para o teto, pensando o quão chato será meu amanhã. Pensando que hoje eu poderia estar me vingando de várias pessoas, Fazendo-as pagarem pelos seus atos inconsequentes... Más hoje eu sou apenas um monstro descansando em seu leito... Amanhã, quem sabe eu comece a agir... Ou apenas  eu fique olhando... esperando o momento certo... Para finalizar com tudo em apenas um ato... Afinal, nunca sabemos o que ira acontecer com o nosso amanhã....

Carnal e Místico

Pelas regiões tenuíssimas da bruma Vagam as Virgens eas Estrelas raras... Como que o leve aroma das searas Todo o horizonte em derredor perfuma. Numa evaporação de branca espuma Vão diluindo as perspectivas claras... Com brilhos crus e fúlgidos de tiaras As Estrelas apagam-se uma a uma. E então, na treva em mística dormências,  Desfila, com sidéreas lactescências, Das Virgens o sonâmbulo cortejo... Ó Formas vagas, nebulosidades! Essência das eternas virgindades! Ó intensas quimeras do Desejo...

1 de novembro de 1985.

Último registro? Saímos do escritório de Veidt quase meia-noite. Dreiberg, convencido de que Veidt está por trás de tudo, fala sério em visitar a Antártica. A nave dele aparentemente tem condições, mas e nós? Veidt. Não imagino oponente mais perigoso. Se a jornada for possível, rastreá-lo ao seu covil é a única opção. Mas me sinto intranqüilo. Território desconhecido... Ele poderia nos matar na neve. Ninguém jamais saberia... Primeira noite de novembro. Estou com frio. Escritórios abaixo, lajes marcando diariamente milhares de túmulos. Dentro, nos mostradores dos relógios, tão visados quanto celebridades, os ponteiros iniciam as voltas finais. O fim vem a galope, favorecendo a espora, poupando as rédeas. Acho que vamos tombar logo. Veidt é mais rápido do que Dreiberg. Talvez mais do que eu. Voltar da missão parece improvável. Última anotação. Vou mandar o diário aos únicos em quem confio. Digo a Dreiberg que preciso checar minha caixa postal. Ele acredita. Quer eu esteja vivo ou morto